sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Derrame de ácido clorídrico na A29 destruiu parte da fauna no Rio Febros


"A Câmara de Gaia avançou que o derrame de ácido clorídrico ocorrido dia 25 na A29, após o despiste de um camião cisterna, destruiu parte significativa da vida no Rio Febros. De acordo com a autarquia, foram derramadas quatro toneladas de ácido.

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"Num dia, a água do rio contava com um ph de 7.1, quase boa para ser bebida. Um dia depois tinha acidez extrema de 3.2", frisou [Marco António costa, vice-presidente da Câmara de Gaia]. Neste momento, porém, a prioridade é continuar a monitorizar a situação e avaliar a extensão dos danos provocados pelo despiste do camião.

"Durante segunda-feira injectámos no rio milhares de metros cúbicos de água para ajudar a diluir o ácido, ao mesmo tempo que realizámos centenas de análises. Parte significativa do ácido diluiu-se, mas outra parte importante ficou depositada no fundo do ribeiro. Em função da dinâmica do próprio caudal, hoje foi-se libertando, provocando a morte da maioria da fauna existente", explicou Marco António Costa.

A Câmara de Gaia já alertou a GNR e a Capitania do Douro para que sejam levantados autos de notícia e seja promovida uma fiscalização ao longo do curso do rio, proibindo a tradicional pesca e avisando as populações para não usarem a sua água nem para a dar de beber a animais nem para rega.

"A intervenção face ao acidente obedecerá a três fases: a primeira, que se prolonga até segunda-feira, implica a monitorização e acompanhamento das medidas cautelares adoptadas. A segunda passará pela renaturalização do rio e da sua fauna, seguindo um plano elaborado pelo Parque Biológico, Águas de Gaia e câmara. Na terceira pediremos contas a quem de direito", sustentou o autarca.

O autarca garantiu que não houve infiltrações do ácido nos aquíferos nem em nenhuma conduta de água e recordou que o rio Febros foi alvo de uma candidatura ao QREN para aprofundar o trabalho de reabilitação já realizado. "Agora mais do que nunca faz sentido essa candidatura ser aprovada", disse."

Fonte: Público.pt

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